sexta-feira, 24 de maio de 2013

FUNAI

                   O que é FUNAI:

     FUNAI é a sigla de Fundação Nacional do Índio, um um órgão do governo brasileiro que lida com todas as questões referentes às comunidades indígenas e às suas terras.

     A FUNAI foi criada através da Lei nº 5.371, de 5 de Dezembro de 1967, para proteger e dar suporte aos índios, promovendo políticas de desenvolvimento sustentável das populações indígenas.

     As finalidades da FUNAI englobam o acompanhamento de ações que visem a proteção saúde e educação do povo indígena, a divulgação das suas culturas, além da realização de pesquisas para recolha de dados estatísticos sobre a população indígena no Brasil.
   Também faz parte das obrigações da FUNAI garantir que haja participação dos povos e organizações indígenas em programas do Estado que definem políticas  a seu respeito.
    A FUNAI tem como missão promover e proteger os direitos dos índios, preservando as suas culturas, línguas e tradições, além de monitorar as suas terras para impedir ataques de madeireiros, garimpeiros e outros, evitando práticas de usurpação das riquezas que pertencem ao patrimônio indígena e que colocam em risco a preservação das comunidades.



     De acordo com o decreto Nº 7.778, de 27 de Julho de 2012, que aprova o Estatuto e o Quadro Demonstrativo dos Cargos em Comissão e das Funções Gratificadas da Fundação Nacional do Índio, a Funai tem por finalidade:
I - proteger e promover os direitos dos povos indígenas, em nome da União;
II - formular, coordenar, articular, monitorar e garantir o cumprimento da política indigenista do Estado brasileiro, baseada nos seguintes princípios:
a)  reconhecimento da organização social, costumes, línguas, crenças e tradições dos povos indígenas;
b) respeito ao cidadão indígena, suas comunidades e organizações;
c) garantia ao direito originário, à inalienabilidade e à indisponibilidade das terras que tradicionalmente ocupam e ao usufruto exclusivo das riquezas nelas existentes;
d) garantia aos povos indígenas isolados do exercício de sua liberdade e de suas atividades tradicionais sem a obrigatoriedade de contatá-los;
e) garantia da proteção e conservação do meio ambiente nas terras indígenas;
f) garantia de promoção de direitos sociais, econômicos e culturais aos povos indígenas; e
g) garantia de participação dos povos indígenas e suas organizações em instâncias do Estado que definam políticas públicas que lhes digam respeito;
III - administrar os bens do patrimônio indígena, exceto aqueles cuja gestão tenha sido atribuída aos indígenas ou às suas comunidades, conforme o disposto no art. 29, podendo também administrá-los por expressa delegação dos interessados;
IV - promover e apoiar levantamentos, censos, análises, estudos e pesquisas científicas sobre os povos indígenas visando à valorização e à divulgação de suas culturas;
IV - promover e apoiar levantamentos, censos, análises, estudos e pesquisas científicas sobre os povos indígenas, visando a valorização e divulgação das suas culturas;
V - monitorar as ações e serviços de atenção à saúde dos povos indígenas;
VI - monitorar as ações e serviços de educação diferenciada para os povos indígenas;
VII - promover e apoiar o desenvolvimento sustentável nas terras indígenas, conforme a realidade de cada povo indígena;
VIII - despertar, por meio de instrumentos de divulgação, o interesse coletivo para a causa indígena; e
IX - exercer o poder de polícia em defesa e proteção dos povos indígenas.

terça-feira, 21 de maio de 2013

Culinária Indígena



      A alimentação indígena tinha como alicerce a mandioca, na forma de farinha e de beijus, mas também de frutas, pescado, caça, milho, batata e pirões e, com a chegada dos portugueses, do inhame trazido da África.
     Todos os povos indígenas conheciam o fogo e o utilizavam tanto para o aquecimento e a realização de rituais quanto para preparar os alimentos. As principais formas de preparo da carne eram assá-la em uma panela de barro sobre três pedras (trempe), em um forno subterrâneo
 (biaribi), espetá-la em gravetos pontudos e colocá-la para assar ao fogo — de onde teria vindo o churrasco do Rio Grande do Sul — colocá-la sobre uma armação de madeira até ficar seca para que assim pudesse ser conservada (moquém) ou algumas vezes cozê-la. No biaribiri colocavam uma camada de folhas grandes em um buraco e sobre elas a carne a ser assada e sobre essa carne ainda, uma camada de folhas e outra de terra, acendendo sobre tudo um fogueira de onde teria surgido o modo de preparar o barreado do Paraná.     

     Por vezes a carne cozida servia para o preparo de pirões, mistura de farinha de mandioca, água e caldo de carnes. Havia duas formas de prepará-lo, cozido ou escaldado. Na primeira, o caldo é misturado com a farinha aos poucos e mexido até ganhar consistência adequada, na segunda, simplesmente misturam-se os dois, resultando em um pirão mais mole.

     Ao lado da farinha e do beiju, a caça era outra das principais fontes de alimento. As principais carnes eram as de mamíferos como o porco-do-mato, o queixada, o caititu, a paca, o veado, macacos e a anta, que servia a comparações com o boi, a anta estrangeira. Eram preparadas com pele e vísceras, o pêlo queimado pelo fogo e os miúdos, órgãos internos, depois retirados e repartidos.
     A pesca, de peixes, moluscos e crustáceos, era realizada com arco a pequenas distâncias, sem haver uma espécie mais apreciada que outras. Os maiores eram assados ou moqueados e os menores cozidos sendo o caldo utilizado para fazer pirão. Por vezes, secavam os peixes e socavam-nos até fazer uma farinha que podia ser transportada durante viagens e caçadas. A paçoca era produzida da mesma maneira, pilando-se a carne com a farinha de mandioca, alimento posteriormente adaptado com castanhas de caju, amendoins e açúcar no lugar da carne e transformado em um doce.
     Para temperar o alimento usavam a pimenta ou uma mistura de pimenta e sal pilada chamada ionquet, inquitaia, juquitaia, ijuqui. Sempre era colocado após o preparo e mesmo comido junto com o alimento, colocando-se um naco de comida na boca e em seguida o tempero. O sal era obtido a partir de difíceis processos de secagem da água do mar, em salinas naturais — sal mineral — ou a partir da cinza de vegetais.
     Entre os alimentos líquidos indígenas encontra-se a origem do tacacá, do tucupi, da canjica e da pamonha. O primeiro surge a partir do sumo da mandioca cozida, chamado manipueira, misturado com caldo de peixe ou carne, alho, pimenta e sal e o segundo a partir da fervura mais demorada do mesmo sumo. A canjica era uma pasta de milho puro até receber o leite, o açúcar e a canela dos portugueses ganhando adaptações de acordo com o preparo, como o mungunzá, nome africano para o milho cozido com leite, e o curau, feito com milho mais grosso. A pamonha era um bolo mais grosso de milho ou arroz envolvido em folhas de bananeira. Fabricavam também bebidas alucinógenas para reuniões sociais ou religiosas como a jurema no Nordeste. Com seus ingredientes e técnicas a culinária indígena formaria a base da culinária brasileira e daria sua autenticidade, com a mandioca sendo o ingrediente nacional, pois incluído na maioria dos pratos.


segunda-feira, 20 de maio de 2013

Brinquedos e Brincadeiras dos Índios Brasileiros

     Muitos brinquedos e brincadeiras da cultura indígena fizeram parte do nosso cotidiano e alguns são bastante conhecidos como pião, perna de pau, peteca, bumerangue, e quebra-cabeça. Importante lembrar, que o brincar é ensinado e aprendido e neste processo todos envolvidos na brincadeira aprendem e ensinam.
     ''Brincar faz parte da educação do ser humano.Através do brincar as crianças aprendem a cultura dos mais velhos, se inserem nos grupos e conhecem o mundo que está ao seu redor''




Lendas


     As lendas são estórias contadas por pessoas e transmitidas oralmente através dos tempos. Misturam fatos reais e históricos com acontecimentos que são frutos da fantasia. As lendas procuraram dar explicação a acontecimentos misteriosos ou sobrenaturais.Os mitos são narrativas que possuem um forte componente simbólico. Como os povos indígenas da antiguidade não conseguiam explicar os fenômenos da natureza, através de explicações científicas, criavam mitos com este objetivo: dar sentido as coisas do mundo. Os mitos também serviam como uma forma dos índios passar o conhecimentos. Deuses, heróis e personagens sobrenaturais se misturam com fatos da realidade para dar sentido a vida e ao mundo.

Algumas lendas e mitos do folclore brasileiro: 



                            - Curupira


      O curupira é um protetor das matas e dos animais silvestres. Representado por um homem de cabelos compridos e com os pés virados para trás. Persegue e mata todos que desrespeitam a natureza. Quando alguém desaparece nas matas, muitos indígenas acreditam que é obra do curupira.

                      - Vitória-régia
     A lenda da vitória-régia é uma lenda brasileira de origem indígena tupi-guarani.Há muitos anos, em uma tribo indígena, contava-se que a lua (Jaci, para os índios) era uma deusa que ao despontar a noite, beijava e enchia de luz os rostos das mais belas virgens índias da aldeia - as cunhantãs-moças. Sempre que ela se escondia atrás das montanhas, levava para si as moças de sua preferência e as transformava em estrelas no firmamento.Uma linda jovem virgem da tribo, a guerreira Naiá, vivia sonhando com este encontro e mal podia esperar pelo grande dia em que seria chamada por Jaci. 
Os anciãos da tribo alertavam Naiá: depois de seu encontro com a sedutora deusa, as moças perdiam seu sangue e sua carne, tornando-se luz - viravam as estrelas do céu. Mas quem a impediria? Naiá queria porque queria ser levada pela lua. À noite, cavalgava pelas montanhas atrás dela, sem nunca alcançá-la. Todas as noites eram assim, e a jovem índia definhava, sonhando com o encontro, sem desistir. Não comia e nem bebia nada. Tão obcecada ficou que não havia pajé que lhe desse jeito.Um dia, tendo parado para descansar à beira de um lago, viu em sua superfície a imagem da deusa amada: a lua refletida em suas águas. Cega pelo seu sonho, lançou-se ao fundo e se afogou. A lua, compadecida, quis recompensar o sacrifício da bela jovem india, e resolveu transformá-la em uma estrela diferente de todas aquelas que brilham no céu. Transformou-a então numa "Estrela das Águas", única e perfeita, que é a planta vitória-régia. Assim, nasceu uma linda planta cujas flores perfumadas e brancas só abrem à noite, e ao nascer do sol ficam rosadas.

domingo, 19 de maio de 2013

Povos indígenas do Brasil



   


     Os povos indígenas no Brasil compreendem um grande número de diferentes grupos étnicos que habitam o país desde antes do início da colonização europeia, que principiou no século XVI. No momento da descoberta europeia do Brasil, os povos nativos eram compostos por tribos seminômades que subsistiam da caçapescacoleta e da agricultura migrante. Muitos dos cerca de 2 000 povos e tribos que existiam no território brasileiro no século XVI morreram em consequência da escravização e das doenças que vieram com a colonização europeia ou foram absorvidos pela sociedade brasileira.

     Os povos indígenas brasileiros deram contribuições significativas para a cultura mundial, como a domesticação da mandioca e o aproveitamento de várias plantas nativas, como o milho, o tabaco, o guaraná, a erva-mate, a batata-doce, a pimenta, o caju, o abacaxi, o cará, o pinhão, o açaí, a pitanga, ajabuticaba, a mangaba, o cajá, o umbu, o urucum, o jenipapo, o maracujá, a goiaba, o pequi, o amendoim, o mamão,2 o jambu, o jatobá, o buriti, acarnaúba, a juçara, a pupunha, o jerivá, a copaíba, a andiroba, o tucum, o tucumã, a abóbora,3 o feijão, o cambuci etc. Além disso, difundiram o uso da rede de dormir e a prática da peteca e do banho diário e frequente (costume este desconhecido do europeu do século XVI ).

     A população indígena foi amplamente exterminada pelos conquistadores europeus, caindo de uma população de milhões na era pré-colombiana para cerca de 300 000 em 1997, agrupados em cerca de 200 tribos diferentes. No entanto, o número pode ser muito maior se as populações urbanas indígenas forem consideradas em todas as cidades brasileiras atuais. Uma pesquisa linguística de 1985 encontrou 188 línguas indígenas vivas, com 155 000 falantes.

     Em 18 de janeiro de 2007, a Fundação Nacional do Índio informou que havia confirmado a presença de 67 diferentes tribos isoladas no Brasil, contra 40 em 2005. Com esta adição, o Brasil ultrapassou a Nova Guiné como o país com o maior número de povos isolados no mundo. No último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (2010), 817 000 brasileiros se classificaram como indígenas, embora milhões de brasileiros tenham ascendência ameríndia.


Índios das Tribos: assurini, tapirapé ,kaiapó ,tapirapé, ribaktsa e bororó

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Cultura Indígena


     Os índios foram os primeiros habitantes do território brasileiro. São formados por povos diferentes com hábitos, costumes e línguas diferentes.


     Os Ianomâmis falam quatro línguas: a Yanomam, Sanumá, Yanomame e Yanam. Suas habitações são construídas de caibros encaixados, amarrados com cipó e revestidas de palha. Possuem características seminômades, já que mudam de habitat quando acreditam ter explorado uma região ao máximo. São caçadores e acreditam em rixis: espíritos de animais que ao serem mortos tornam-se em protetores e amigos.


     Os Carajás falam apenas uma língua: a Macro-Jê. São divididos em Karajás, Javaés e Xambioás. Acreditam na transformação do homem em animais e vice-versa. Residem nas proximidades do rio Araguaia, pois acreditam que sua criação, rituais de passagem, alimento e alegria são dados por ele. Vivem do cultivo do milho, mandioca, batata, banana, cará, melancia, feijão e amendoim, e prezam pela pintura corporal. Dividem o trabalho, fica para os homens a defesa do território, abertura de roças, construção das casas, pesca e outros. Para as mulheres o trabalho de educar os filhos, cuidar dos afazeres domésticos, do casamento dos filhos, da pintura e ornamentação das crianças e outros.


     Os Guaranis manifestam sua cultura em trabalhos em cerâmica e em rituais religiosos. Possuem sua própria língua, somente ensinam o português às crianças maiores de seis anos. São migrantes e agricultores. Acreditam que a morte é somente uma passagem para a “terra sem males”, onde os que se foram partem para este local para proteger os que na Terra ficaram.


     Os Tupis são dominados por um ser supremo designado Monan. A autoridade religiosa dentro das aldeias é o Pajé, que é um sábio que atua como adivinho, curandeiro e sacerdote. Utilizam a música e seus instrumentos musicais para a preservação de suas tradições, para produzir efeitos hipnóticos e para momentos de procriação, casamento, puberdade, nascimento, morte, para afastar flagelos, doenças e epidemias e para festejar boas caçadas, vitórias em guerras e outros.
Existem cerca de 225 sociedades indígenas distribuídas em todo o território brasileiro, corresponde a 0,25% da população do país. Diante das culturas específicas de cada sociedade, somente algumas delas foram anteriormente destacadas.